quarta-feira, 4 de julho de 2018

Navio de Devaneios Universais

Eu estava em uma
Longa viagem,
Sobre águas de
Devaneios universais. 
A leve brisa de fumaça
Que eu abrigava em
Meus pulmões, saía
Sem pressa da boca
De minha Vó,
Me ajudando a aprofundar-me
Na misteriosa névoa: o futuro.
  Eu pretendo libertar
     A mente das pessoas,
Mas a liberdade se tornará 
Crime digno de solitária execução.
  Mesmo eu e algumas poucas pessoas
Não seremos capturados pelo
     Homem Amantes de Cavernas, 
E as flores e as rosas deixarão
As pessoas mais violentas.
As cobras insidiosas se engajarão
Numa explosão nuclear.
As pessoas se sentirão desafiadas
E sujarão a minha já imunda imagem.
Peço-lhes que quando forem
Realizar meu assassinato,
O façam quando eu estiver caminhando
Tranquilamente num dia que transmita
A sensação de vitória.
Esgueirando, me sigam sem me deixar
Perceber suas insanas presenças.
Apontem.
Então puxem o gatilho
     Da arma mais poderosa que
  Puderem obter e
Explodam minha cabeça para
Que eu morra sem ter conhecimento

Nem memória do que acabara de acontecer.
Não assustem-se com o barulho de um 
Corpo pesado caindo no chão, vocês
Ouvirão isso diversas vezes.
Não se preocupem em esconder meus
Miolos jogados contra a calçada.
Mas meu sangue escorrerá pelos bueiros
E esgotos,
E eu me tornarei a cidade e o que vocês
Fizeram comigo, ou farão, me parecerá um
Grande favor.
Obrigado.

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