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"pessoas quando morrem viram estrelas" Acrílica 25.12.18 (algumas adições feitas em 2019) |
flores nascem para fora de espelhos
e cores preenchem com raiva e exagero
o céu.
como um pontilhado para crianças, a rua segue ao longo,
infinito,
até a janela de um casal que um do lado do outro
estão separados.
uma fuma um cigarro debaixo de um poste.
outro atende a um nome que nem lhe pertence.
outros sobem em cima de uma cadeira.
outras se jogam.
alguém nasce para jogar a corda para alguém.
salvação e gritaria
ajudam muito mais
do que um soco no rosto
ou uma risada.
desculpem-me, pincéis.
estou deixando vocês por enquanto.
algum dia, deitados nas flores, caminharemos em devaneios
e terminaremos o que começamos
ou começaremos o que planejávamos
terminar,
há tempos. . .
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